Erradicar
pobreza no campo e a geração de empregos são metas do Banco Mundial no RN
“Nós mostramos ao Banco Mundial que temos
diversas potencialidades e é por isso que esse Programa está sendo concretizado
hoje. Vamos dar as boas vindas ao novo momento do Rio Grande do Norte”. Com
essas palavras, a governadora Rosalba Ciarlini agradeceu e anunciou os
investimentos que acontecerão no Estado a partir de agora com o lançamento do
Programa RN Sustentável.
A
solenidade aconteceu na manhã de ontem terça (29), na Escola do Governo Dom
Eugênio Salles, no Centro Administrativo. Aproximadamente 1.200 pessoas
acompanharam as explicações feitas pelo secretário de Planejamento e Finanças,
Obery Rodrigues, e pela coordenadora do Programa, Ana Guedes.
Segundo
a chefe do Executivo Estadual, o progresso e a qualidade de vida do povo
potiguar serão diretamente beneficiados com esse programa. “Não estamos mais
lutando por aprovações ou tentando conseguir assinaturas; já está tudo
documentado, temos a efetivação e podemos receber os recursos”.
Foram
dois anos pleiteando a liberação da verba junto ao Banco Mundial, e, após a
assinatura do contrato de financiamento, realizada no dia 04 de outubro, em
Brasília, o Governo do Estado recebeu da presidente do Banco Mundial para o
Brasil, Deborah Wetzel, um termo para licitações de projetos de infraestrutura,
desenvolvimento de cadeias produtivas, saúde, segurança e educação. O documento
certifica a liberação dos recursos previstos para o Programa.
Apesar
de ser parceiro do RN há 15 anos, esta é a primeira vez que o Banco Mundial
realiza um projeto deste porte. Serão investidos, no total, 540 milhões de
dólares, recursos que contam com as garantias financeiras do Governo Federal.
A
liberação do montante acontecerá em duas etapas. Na primeira, serão liberados
US$ 360 milhões. Já a segunda, no valor de US$ 180 milhões, acontecerá quando
40% dos recursos iniciais tiverem sido executados.
Apesar
do alto investimento, o Governo do Estado não terá que efetuar nenhuma
contrapartida financeira porque o acordo firmado com a instituição prevê que o
Estado realize ações estruturantes e de desenvolvimento sustentável, como, por
exemplo, o projeto Sanear RN, já em curso. O prazo de carência do projeto é de
cinco anos e o prazo de amortização da dívida é de 30 anos.
Ainda
segundo Rosalba Ciarlini (foto ao lado), este é um momento de integração entre
Estado e municípios. “Vamos descobrir a realidade de cada comunidade rural para
oferecermos novas oportunidades de crescimento e ampliação de negócios”, disse.
Deborah
Wetzel celebrou a parceria do Governo com a instituição. “Nossa relação se
fortaleceu e eu estou aqui para comemorar todos esses anos de operação aqui no
RN. Esse novo projeto vai integrar os esforços que o Governo tem feito pelo
desenvolvimento e pela inclusão, vamos continuar apoiando projetos e promovendo
a geração de emprego e renda, unindo forças para erradicar a pobreza na zona
rural”.
Além
dos investimentos voltados para o desenvolvimento das cadeias produtivas – como
turismo, artesanato, mineração, fruticultura, agricultura familiar,
carcinicultura, caprinocultura, apicultura, latícinos, e pesca – o RN
Sustentável também desenvolverá ações nas áreas de educação, saúde e segurança.
Presidente
de uma cooperativa de apicultores de Apodi, Fátima Torres, espera que os
investimentos do Programa possam legalizar as unidades de beneficiamento do
mel.
“Estávamos
ansiosos pela chegada desses investimentos, somos grandes produtores e mesmo
assim ainda não conseguimos exportar os diretamente daqui. A partir do RN
Sustentável queremos, enfim, superar o nosso desafio que é a legalização de
todas as unidades de beneficiamento de mel. Assim, teremos acesso imediato ao
mercado, o que vai refletir diretamente nas cadeias produtivas e na qualidade
de vida das famílias do meio rural”.
O
projeto tem o objetivo de diminuir as diferenças socioeconômicas do Estado, por
meio de intervenções estratégicas governamentais.
Segundo
a governadora Rosalba Ciarlini, o objetivo é ampliar o acesso a oportunidades
de ocupação e renda no meio rural e urbano, além de modernizar a gestão pública
e apoiar os territórios com maior dificuldade para gerar emprego e renda,
inclusão social e sustentabilidade ambiental.
Os
167 municípios potiguares foram divididos em cinco áreas de acordo com os
indicadores socioeconômicos e sociais, definidos pelo IBGE, de cada um dos territórios.
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