MATÉRIA
VEICULADA EM 07/07/2011: A IMPRESSIONANTE LISTA DE ESCÂNDALOS DO GOVERNO DILMA.
Seis meses de gestão foram suficientes para quatro trocas
ministeriais; nomes do primeiro time da presidente se envolveram em situações
comprometedoras.
Em seis meses de governo, a gestão da presidente Dilma
Rousseff se notabilizou pela profusão de escândalos - mais do que por medidas
concretas de governo. Dois ministros foram demitidos. Outros dois trocaram de
lugar. Dois se safaram por pouco. Outros dois ainda devem explicações.
Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, comandava uma
consultoria bem-sucedida antes de ingressar no governo. O crescimento
patrimonial espantoso levantou suspeitas de que o braço-direito da presidente
autou como lobista. Quando resolveu se explicar, Palocci já era um cadáver
político.
Sem o principal articulador político do governo, a
presidente se viu novamente em apuros. Luiz Sérgio, ministro de Relações
Institucionais, tinha poderes limitados. Dilma Roussef evitou mais uma
demissão: preferiu rebaixar o petista a ministro da Pesca. Luiz Sérgio trocou
de cargo com Ideli Salvatti.
A paz aparente durou pouco tempo. Aloizio Mercadante,
responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia, também ficou exposto por uma
revelação feita por VEJA. Foi ele quem ordenou a compra do falso dossiê contra
o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006. O
episódio também respingou em Ideli Salvatti: então senadora, ela ajudou a
espalhar o material para a imprensa.
Mercadante e Ideli continuam sob fogo da oposição. O primeiro
deve ir à Câmara dos Deputados se explicar. A segunda é alvo de requerimentos
de convocação, mas os governistas atuam para blindar a petista.
O último escândalo teve um desfecho nesta quarta-feira.
Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, deixou o cargo depois que VEJA
revelou o funcionamento de um grande esquema de corrupção na pasta. Dilma ainda
protelou a demissão por quatro dias.
Motel - Houve
também episódios que não chegaram a derrubar ministros. Ana de Hollanda, da
Cultura, foi flagrada usando verba pública para passar o fim de semana no Rio
de Janeiro, onde tem casa. Devolveu o dinheiro e ficou no cargo.
Pedro Novais havia aproveitado verba da Câmara dos
Deputados para custear uma farra coletiva em um motel de São Luís. Devolveu o
dinheiro e ficou no cargo.
Fernando Haddad, campeão de trapalhadas também no governo
Lula, manteve a média na nova gestão. Defendeu a distribuição de um livro que
ensina crianças a falar errado e se contradisse ao tentar justificar a
distribuição do chamado "kit-gay".
Fonte: Gabriel Castro/Veja
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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