Sífilis e HPV estão entre as DSTs que mais preocupam governo
HPV estão entre doenças sexualmente transmissíveis (DST) que
mais preocupam o Ministério da Saúde, afirmou o diretor do Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita. Ele participou na noite de domingo
(18), em Salvador, da abertura do 9º Congresso Brasileiro da Sociedade
Brasileira de DST e do 5º Congresso Brasileiro de Aids.
Segundo Mesquita, a primeira doença merece atenção especial
porque tem diagnostico fácil e tratamento acessível, enquanto a segunda terá em
breve vacina disponível na rede pública.
"Falar em prioridade não significa que as outras
doenças serão esquecidas", reforçou Mesquita, pouco antes de ser
interrompido por um grupo de pessoas com deficiência física em decorrência do
vírus HTLV.
A ativista Sandra do Valle, do Grupo Vitamore de combate ao
HTLV, entregou ao representante do Ministério da Saúde um documento estilo
abaixo-assinado, solicitando apoio federal para o enfrentamento do HTLV em todo
o país.
Da mesma família do HIV, o HTLV infecta a célula T humana,
um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. A
maioria dos indivíduos infectados por este vírus não apresenta sintomas, mas
alguns podem desenvolver manifestações clínicas graves, como câncer, além de
problemas musculares, nas articulações, nos pulmões, na pele e na região
ocular.
Mesquita disse que o HTLV receberá atenção especial na
Bahia, onde sua incidência é maior. O mesmo princípio valerá, segundo ele, para
o enfrentamento da Aids na Amazônia e no Estado do Rio Grande do Sul, que têm a
maior mortalidade e maior prevalência da doença no país, respectivamente.
Mesquita adiantou que a prevalência do HIV na população gaúcha esteja em torno
de 2%.
"Por um princípio de equidade, não podemos tratar igual
situações diferenciadas", ressaltou o gestor.
Jurandir Teles, representando o Fórum Baiano de ONGs/Aids,
disse que o movimento social está aberto ao diálogo e que o ditado "a
Bahia é de todos nós" também vale para o combate às DSTs.
O presidente do 9º Congresso da Sociedade Brasileira de DST
e do 5º Congresso Brasileiro de Aids, Roberto Dias Fontes, desejou boas vindas
aos participantes.
"A partir dos problemas e das tensões apresentadas nos
721 trabalhos que serão aqui expostos pelos participantes nacionais e
internacionais poderemos repensar as DSTs no Brasil", disse Fontes.
Também participaram da mesa de abertura o secretário da
saúde do Estado da Bahia, Jorge Sola; a Subsecretária Municipal de Saúde de
Salvador, Lucimar Rocha; a presidente da Comissão Científica do Evento,
Angélica Espinosa Miranda; e a presidente da Sociedade Brasileira de DST,
Mariângela Freitas da Silveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário