36 mil famílias do RN terão que fazer recadastramento no Bolsa Família
Os beneficiários do Bolsa Família que não atualizaram suas
informações no Cadastro Único (CadÚnico) nos últimos dois anos devem procurar,
a partir deste mês e até 17 de janeiro do ano que vem, a gestão municipal do
programa para fazer alterações ou confirmar os dados. O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que coordena o programa, estima
que 1,8 milhão de famílias no país estão nessa condição. No Rio Grande do Norte,
segundo o órgão, são mais de 36 mil famílias que necessitam fazer a atualização
dos dados cadastrais. Após o prazo, o benefício pode ser bloqueado.
No Rio Grande do Norte, exatamente 36.136 famílias terão que
fazer o recadastramento. Ao todo, o estado tem 357.890 famílias inscritas no
programa do governo federal. Esse equivale a, segundo o MDS, 10,1% da folha de
pagamento de julho.
Segundo o secretário Nacional de Renda de Cidadania do MDS,
Luís Henrique Paiva, manter os dados atualizados é a melhor maneira de acessar
os cerca de 20 programas sociais das três esferas de governo que usam o
Cadastro Único, e continuar recebendo o Bolsa Família. Ele enfatizou que mesmo
que não haja alterações a serem feitas, as famílias devem procurar a rede
assistencial do município.
"É fundamental que as famílias procurem a rede, que
pode ser o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) ou a área da
prefeitura responsável pela assistência social, para atualizar as informações.
O Cadastro Único é a peça chave do Brasil Sem Miséria [plano do qual o
Bolsa Família faz parte] e se quisermos superar a extrema pobreza temos que ter
os dados sempre atualizados", disse Paiva, ao participar hoje (19) de
teleconferência do MDS transmitida ao vivo pela TV NBR.
Ele citou, entre os programas sociais que usam as
informações do CadÚnico, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec) e a Tarifa Social de Energia Elétrica.
O secretário também ressaltou que, embora o governo tenha
alertado as famílias sobre a necessidade de procurar o órgão local responsável
pelo programa, por meio de mensagens nos extratos de recebimento do benefício,
no mês de julho, e de correspondências, os gestores municipais devem fazer uma
busca ativa para garantir que os dados estejam corretos. Paiva lembrou que a
pasta disponibiliza a esses profissionais, por meio do Sistema de Gestão do
Programa Bolsa Família, informações sobre os beneficiários cujos dados estão
desatualizados, para direcionar os esforços.
Ainda de acordo com o secretário Luís Henrique Paiva, o
governo está preparando uma campanha nacional, que deverá ser veiculada nos
próximos meses, principalmente nas rádios, para alertar as famílias sobre a
necessidade da revisão cadastral. Ele destacou que 13,8 milhões de famílias
brasileiras recebem os recursos do Bolsa Família.
De acordo com o MDS, as informações a serem atualizadas são:
endereço, renda, composição familiar e sobre as escolas das crianças e
adolescentes. A partir deste ano, os gestores municipais também registrarão,
caso o responsável familiar possua, o número do telefone celular. A medida,
anunciada há um mês, visa a permitir o contato direto e rápido com as
famílias, caso seja necessário.
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