RN
tem 96 casos confirmados de meningite, com 13 óbitos
O
Rio Grande do Norte registrou, este ano, um total de 96 casos confirmados de
meningite, doença decorrente de um processo inflamatório das meninges que pode
ser causado por bactérias, vírus e fungos, dentre outros agentes infecciosos.
Desde 2007, esse número chega a 919 casos, resultando em um histórico, ao longo
do período, de 111 óbitos. Este ano, 96 pessoas foram acometidas e 13 foram a
óbito, vitima da doença.
Os
dados divulgados na manhã desta segunda-feira (16), pela Subcoordenadoria de
Vigilância Epidemiológica (Suvige), da Secretaria de Estado da Saúde Pública,
mostram os casos confirmados e a evolução da doença, bem como as providências
da Sesap para prevenir e orientar a população. Segundo os dados da Suvige, o
maior pico da doença aconteceu no ano de 2008, com 188 casos, mas desde então
esse número vem diminuindo.
Segundo
a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Stela Leal, a Sesap trabalha
com duas linhas de atuação para a prevenção e combate à doença. “Primeiramente
fazemos a investigação epidemiológica e capacitação dos médicos em serviços de
saúde e, depois, verificamos a necessidade de medidas complementares como a
questão do bloqueio através da introdução de medicamentos para familiares de
casos suspeitos de meningites. Essa providência é feita, de forma criteriosa,
juntamente com o serviço de saúde local”.
Stela
Leal lembra que, devido a meningite ser uma doença recorrente, a população tem
sempre que estar atenta aos seus sintomas, que são febre, dor de cabeça
intensa, náuseas, vômito, rigidez da nuca, prostração(moleza do corpo),
confusão mental e, em alguns casos, delírio e coma. “É preciso atenção aos
sintomas, porque quanto mais rápido for o diagnóstico mais tempo o médico tem
para introduzir o tratamento. Porém, quando não tratada a tempo, pode causar
sequelas e até levar a óbito”, esclarece ela.
MENINGITE
O
termo meningite expressa à ocorrência de um processo inflamatório das meninges
que pode ser causado por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus e
fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos. As meningites de origem
infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais
importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua
ocorrência e potencial de produzir surtos.
A
Neisseria meningitidis é a principal bactéria causadora de meningites, tem
distribuição mundial e potencial para ocasionar surtos. As meningites causadas
pelo Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) representavam a segunda causa de
meningite bacteriana depois da Doença Meningocócica, até o ano de 1999. A
partir do ano 2000, após a introdução da vacina conjugada contra a Hib, houve
uma queda de 90% na incidência de meningites por esse agente, que era, antes,
responsável por 95% das doenças invasivas (meningite, septicemia, pneumonia,
epiglotite, celulite, artrite séptica, osteomielite e pericardite) e a segunda
maior causa de meningites bacterianas passou a ser representada pelo
Streptococcus pneumonias. Em 2010, duas novas vacinas foram incluídas no calendário
básico de vacinação da criança disponível na rede pública de saúde: a
pneumocócica 10-valente e a conjugada meningocócica c.
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