Vendas do varejo no
RN fecham 2013 com alta de 8,8%, 1,2 ponto percentual acima do registrado em
2012
O maior volume de investimentos públicos – que fez circular mais
dinheiro na economia local – e os incentivos federais, como redução de IPI em
alguns produtos e o programa Minha Casa Melhor (que aqueceu, principalmente, o
segmento de Móveis e Eletrodomésticos), foram os grandes responsáveis pelo bom
número das vendas do comércio potiguar em 2013, apesar do momento delicado
vivido no ano passado pelo nosso turismo, um dos pilares da economia potiguar.
Segundo os dados divulgados na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro, pelo
IBGE, o Comércio Varejista Ampliado potiguar registrou aumento de vendas de
5,9% em dezembro, na comparação com dezembro de 2012. Com isso, o balanço final
do ano aponta de 8,8% em relação às vendas de 2012 que, por sua vez, haviam crescido
7,6%.
“Registrar uma alta de 8,8% é extremamente positivo. É um
percentual que representa praticamente três vezes o crescimento do PIB
brasileiro e também mais de duas vezes maior que a alta nas vendas do país (que
ficou em 3,9%). Isto em um ano em que tivemos uma crise sem precedente no nosso
turismo. O que nos salvou foram mesmo os investimentos públicos e, claro, o
trabalho de cada empresário do comércio e dos serviços deste estado. Nosso
segmento foi o grande responsável pela abertura de novas vagas de trabalho e,
sem dúvida, assumiu a condição de locomotiva do desenvolvimento potiguar”,
afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz,
referindo-se, também, ao fato de que, das 10.384 vagas de emprego com carteira
assinada abertas no ano passado no estado, nada menos que 9.966 (cerca de 96%)
foram geradas pelo setor de Comércio e Serviços.
Nas comparações pontuais mensais o desempenho de vendas do
comércio potiguar em 2013 foi melhor do que em 2012 principalmente no primeiro
semestre. No seis meses entre janeiro e junho, em cinco deles as vendas
cresceram mais em 2013 do que em 2012 (janeiro, fevereiro, março, abril e
maio). Já nos seis meses compreendidos entre julho e dezembro, o desempenho do
ano passado foi melhor em três (julho, setembro e novembro). No geral, foram
nove meses de aumento maior de vendas em 2013, em relação a 2012.
Entre os segmentos que registraram maiores altas nas vendas em
2013 está, por exemplo, o segmento de Outros artigos de uso pessoal e
doméstico, que registrou
expansão no volume de vendas em 2013 da ordem de 10,3% em relação ao ano
anterior, resultado que o levou a responder por 23,3% da taxa anual do varejo.
Incluem-se nesta atividade, por exemplo, as lojas de departamentos, que
tiveram a maior influência no resultado, respondendo por 48% da taxa final da
atividade.
A atividade de Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 1,9% em 2013 em
relação ao ano anterior, exerceu
o segundo maior impacto na formação da taxa geral do varejo (22,6%).
A atividade de Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 10,1%, em
relação ao ano anterior, apresentou a terceira maior contribuição à taxa anual
do comércio varejista (15%).
A variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral e a expansão da
massa de salários, somadas ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os
principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral
do varejo.
A quarta maior contribuição à taxa global do varejo coube a
atividade de Combustíveis e
lubrificantes(14,6%), que apresentou, em 2013, resultado positivo no volume
de vendas da ordem de 6,3% com relação ao ano anterior. Esse desempenho foi
influenciado, não só pelo comportamento dos preços dos combustíveis, cujo
aumento em 2013 (6,1%) ficou muito próximo da média geral (5,9%), segundo o
IPCA, bem como pelo crescimento da frota nacional de veículos.
Com aumento de 5,0% em relação ao ano anterior, a atividade de Móveis e eletrodomésticos exerceu o quinto maior impacto
(14,4%) da taxa anual do varejo. A sexta maior contribuição para o resultado
global no ano de 2013 coube ao segmento de Tecidos,
vestuário e calçados, com uma
variação de 3,5% em relação ao ano anterior, o mesmo resultado de 2012.
Da Fecomércio.
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