Em nove anos, quase 22 mil morreram
vítima de câncer no RN
A
Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) do Rio Grande do Norte estima que
aproximadamente 22 mil pessoas tenham morrido vítima do câncer entre os anos de
2000 e 2011. Os dados são considerados preocupantes e poderiam ser facilmente
revertidos com ações preventivas. Se descoberto no início, os especialistas
dizem que a chance de cura é bem maior.
Os
dados foram divulgados hoje (26) pela Secretaria de Estado da Saúde, na véspera
da data em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A intenção do
Governo do Estado do Rio Grande do Norte é alertar para a importância da
prevenção acerca dos vários
No
Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado nesta quarta-feira (27), a Sesap alerta
sobre a importância de se prevenir os vários tipos da doença ou diagnosticá-las
no seu estágio inicial, e assim aumentar as chances de ser bem sucedido no
tratamento.
Segundo
Severina Pereira, técnica responsável pelo Núcleo de Doenças e Agravos não
Transmissíveis (DANT) da Sesap, no período de 2000 a 2011 quase 22 mil pessoas
morreram no Rio Grande do Norte, vítimas de câncer.
Em
2011, entre as principais causas de óbitos por câncer, um total de 2.832
óbitos, destacaram-se as neoplasias malignas da traquéia, brônquios e pulmões
(9,82%), estômago (9,04%), próstata (7,98%) e mama (7,06%).
Os
tipos de câncer que mais acometem mulheres são os de mama e cólo do útero. Já
entre os homens são o de próstata. Chama a atenção o crescimento de mortes por
tipos da doença que estão diretamente associados ao estilo de vida que as
pessoas estão levando.
Um
total de 1.835 pessoas morreram com câncer de estômago e 2.066 foram vitimadas
por neoplasias na traquéia, brônquios e pulmão, explica a especialista.
“O
consumo em excesso de enlatados, carnes gordurosas, álcool e outras drogas,
associado a falta de exercícios físicos, de uma alimentação saudável, são os
fatores que mais influenciam no desenvolvimento do câncer de estômago. Já o uso
abusivo do fumo e de drogas inalantes contribui consideravelmente com o
aparecimento de tumores malignos na traquéia, brônquios e pulmão”, alerta
Severina.
O
câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento maligno e desordenado de células que invadem e prejudicam tecidos e
órgãos, podendo espalhar-se através de metástase, por todo o corpo humano.
Essas
células, quando espalhadas rapidamente, têm caráter agressivo e podem formar os
chamados tumores, que são o acúmulo de células cancerosas.
Segundo
as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer representa a
segunda doença que mais mata atualmente no Brasil. O órgão prever a ocorrência
de aproximadamente 518.510 casos novos de câncer em 2013.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2030, podemos
esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por
câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer.
Para
Severina, os dados são preocupantes, por isso gestores, profissionais da saúde
e a população devem estar alerta aos fatores de risco que podem levar ao
desenvolvimento do câncer.
As
mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo
de vida adotados pelas pessoas podem determinar diferentes tipos de câncer. A
prevenção ainda é o melhor remédio, como o uso de proteção solar para evitar o
câncer de pele, obedecer ao esquema das três doses da vacina contra hepatite B,
já é uma proteção contra o câncer de fígado, além disso, adquirir hábitos mais
saudáveis de vida, e fazer exames regularmente, orienta.
No
Rio Grande do Norte fazem parte da Rede Oncológica a Liga Norte-Riograndense, o
Hospital Infantil Varela Santiago, o Natal Hospital Center, o Hospital do
Coração e o Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró. Além de 28
laboratórios e 40 estabelecimentos que realizam o exame da mamografia.
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