IBGE aponta acesso desigual e
diferença na qualidade da pré-escola
O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) comparou a frequência à escola de crianças de 4 e 5 anos por
nível de renda. No grupo que concentra os brasileiros que estão entre os 20%
mais ricos da população, apenas 7,5% das crianças estão fora da escola. Já
entre os 20% mais pobres, este percentual cresce para 29%.
A partir de dados do censo escolar do
Ministério da Educação (MEC), o IBGE identificou que a maioria das crianças
matriculadas em pré-escolas públicas estuda em estabelecimentos sem parque
infantil e banheiro adequado à educação infantil. Enquanto na rede pública a
proporção de matrícula em estabelecimentos com esses equipamentos é de,
respectivamente, de 47% e 44%, na rede privada, essas proporções crescem para
86% e 79%, respectivamente.
De 2002 a 2012, o número de crianças de 4 e 5
anos fora da escola caiu de 43% para 22%, e os avanços foram maiores no grupo
mais pobre. Até 2016, a matrícula nessa faixa etária será obrigatória, o que
indica que ainda há um esforço a ser feito para se adequar à nova legislação.
Média brasileira
Se a média brasileira é de 78,2% das crianças de 4 e 5 anos na escola, no Sul essa taxa é de 71%, frente a 84% no Nordeste, 82% no Sudeste, 63% no Norte e 70,6% no Centro-Oeste.
Se a média brasileira é de 78,2% das crianças de 4 e 5 anos na escola, no Sul essa taxa é de 71%, frente a 84% no Nordeste, 82% no Sudeste, 63% no Norte e 70,6% no Centro-Oeste.
Considerando a população adulta com mais de 25
anos de idade, os dados da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE mostram que
o brasileiro ainda não atingiu sequer a média de oito anos de estudo, o que
significa que não completou o ensino fundamental.
Em 2012, a escolaridade média do brasileiro
era de 7,6 anos. Dez anos antes, era de 6,1. Neste caso, no entanto, também
houve redução da desigualdade. Entre os brasileiros que estão entre os 20% mais
pobres, o avanço foi de 3,3 anos médios de estudo - nível que pode ser
classificado como analfabeto funcional - para 5,2. Entre os mais ricos, o
avanço foi de 9,7 anos de estudo para 10,7. Mesmo nesse grupo, no entanto, em
média, o brasileiro não chega a completar 11 anos de estudo, o que significa
ter completado o ensino médio.
De acordo com dados do IBGE, em 2012, 9,6
milhões de jovens de 15 a 29 anos — um em cada cinco — não frequentavam a
escola e não trabalhavam. Nesse grupo, um terço, o que representa 32,4%, não
havia completado o ensino fundamental. Entre os que tinham de 15 a 17 anos,
56,7% não completaram essa etapa escolar. Além disso, a pesquisa mostrou que a
maioria, 70.3%, é mulher e que 58,4% delas têm um ou mais filho.
Agência CNM, com
informações do O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário